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FUGA PARA HOREBE
#1
FUGA PARA HOREBE

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: tempo de estar calado, e tempo de falar;" (Eclesiastes 3:1 e 7; ARC).

"Levantou-se, pois, e comeu e bebeu: e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horeb, o monte de Deus." (1 Reis 19:8; ARC).

Após ter vivido uma experiência absolutamente fulgurante, no monte Carmelo (ver: 1 Reis 18:20-46), o profeta Elias, sob ameaça de morte proferida contra ele pela mulher do rei Acabe, Jezabel (ver: 1 Reis 19:2), empreendeu uma fuga, "para salvar sua vida" (1 Reis 19:3; ARA), passando por "Berseba, que é de Judá" (1 Reis 19:3; ARC), até terminar em "Horeb, o monte de Deus." (1 Reis 19:8; ARC).

Curiosamente, o "homem de Deus" (1 Reis 17:18 e 24) vivia, dentro de si, sentimentos contraditórios: se, por um lado, fugiu "para escapar com vida" (1 Reis 19:3; ARC), por outro lado, "pediu em seu ânimo a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais." (1 Reis 19:4; ARC).
Discordo, em absoluto, daqueles que afirmam que Elias estava deprimido e, por isso, pediu a morte, pois a Bíblia afirma que ele pediu a morte ... "em seu ânimo" (que é o oposto de desânimo). Mais: não deixa de ser interessante que a fuga de Elias, que foi encorajada por "um anjo" (ver: 1 Reis 19:5-7), terminou em Horeb (ou Horebe), considerado "o monte de Deus" (1 Reis 19:8), porque foi nesse mesmo monte que "o Senhor, nosso Deus, fez connosco concerto" (Deuteronómio 5:2; ARC), de que tinha resultado a dádiva de Deus, ao Seu povo, dos Dez Mandamentos: "Na arca, nada havia, senão só as duas tábuas de pedra, que Moisés ali pusera, junto a Horeb, quando o Senhor fez aliança com os filhos de Israel, saindo eles da terra do Egito." (1 Reis 8:9; ARC). Aparentemente, Elias queria "morrer", para ter uma vida ainda mais dedicada ao SENHOR e à obediência à Sua santa Lei. Não juntou o apóstolo Paulo estes dois conceitos (morte e obediência), num só (ver: Romanos 7:9-11)?

Cheguei a um momento da minha vida em que considero que estou, também, a necessitar de uma "fuga para Horeb"! Ao contrário do profeta Elias, não recebi NENHUMA ameaça de morte, se bem que, à luz do Sermão da Montanha (ver: Mateus 5:21-22), não seja necessário tirar, literalmente, a vida a alguém, para se ser culpado da transgressão do 6º mandamento da Lei de Deus. Mas, tal como Elias, vivo uma dualidade de sentimentos: se bem que não tenha pensamentos suicidas (e que Deus me livre de alguma vez os ter!), e, por esta razão, esteja disposto a tudo fazer "para salvar [a minha] vida", não é menos verdade que me identifico totalmente com o apóstolo Paulo quando este, em determinado momento da sua vida, teve "o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Filipenses 1:23; ARA).

Quero "fugir para Horeb", porque quero encontrar-me mais intimamente com o meu Deus, que tantas e tantas maravilhas já operou em mim e através de mim, desde que a Ele me entreguei, pela primeira vez, nas águas batismais, há mais de 40 anos! Quero "fugir para Horeb, o monte de Deus", porque quero "morrer" para obedecer, ainda mais e melhor, à Lei de Deus, que "é santa", e cujo mandamento é "santo, justo e bom" (Romanos 7:12).

Pelo motivo que acabei de referir, irei retirar-me de toda a vida pública - tendo, para isso, cancelado todos os compromissos que mantinha atualmente, tais como pregações em Igrejas, grupos ou redes sociais (públicas e privadas) - até que, eventualmente, o SENHOR me diga: "Que fazes aqui, [Paulo]?" (1 Reis 19:9).

Mais informo que tomei esta decisão em plena consciência, e já comuniquei tal facto às respetivas autoridades eclesiásticas sob cuja jurisdição me encontro.

Peço encarecidamente a cada um de vós que respeitem a minha decisão e não me "afoguem" com mensagens e/ou com telefonemas!

Não estou deprimido e muito menos renunciei à minha fé em Deus, em qualquer ponto que seja! Acredito piamente na breve e gloriosa segunda vinda de Cristo, assim como acredito piamente na necessidade absoluta e urgente de uma reforma total de vida como preparação espiritual para essa mesma vinda de Cristo.

Ao contrário do que alguns possam pensar, ou vir a pensar, também acredito piamente, desde que fiz um estudo pessoal da Bíblia, no ano civil de 1984, seis anos antes do início, em 1990, do meu curso de teologia - que estou na Igreja verdadeira, e, por esta razão, identifico-me a 100% com a mensagem profética, doutrinária e moral desta Igreja, que muito amo e quero continuar a amar, a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Também quero deixar muito claro que sempre respeitei e quero continuar a respeitar a Organização da Igreja, se bem que haja alguns líderes de Igreja com os quais eu não me identifico, mas isto não é sinónimo de desrespeito:
- para com esses próprios líderes, a quem desejo que a Graça do SENHOR seja tão eficaz com eles como tem sido e quero que continue a ser, para comigo mesmo;
- e muito menos para com a Organização da Igreja, no seu todo.

Que todos nós possamos aceitar a Sua Suprema Graça para, em breve, podermos viver com Ele, e isto por toda a eternidade!

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p/Mim
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